Com a revolução das criptomoedas, que ajudaram a transformar a maneira de realizar pagamentos online, diversos países passaram a adaptar as suas finanças a partir das tendências tecnológicas. Nesse sentido, a criação do drex (real digital) mostra que o Brasil também está adotando essa iniciativa.
Na prática, a versão eletrônica da moeda brasileira poderá transformar a economia nacional. Para o Bacen (Banco Central), ela será responsável por digitalizar a economia, integrada a iniciativas como open finance e Pix. Por isso, vale a pena conferir as principais informações sobre o assunto.
O que é drex ou real digital?
O drex, também conhecido como real digital, é uma iniciativa do Banco Central para criar uma moeda digital baseada em tecnologia de registro distribuído (DLT). Essa característica a torna semelhante à blockchain usada em criptomoedas como bitcoin, ether e litecoin.
No entanto, o drex não é uma criptomoeda, pois a sua emissão é centralizada e tem o respaldo do Governo e controle estatal. Assim, tecnicamente, ele é uma Central Bank Digital Currency (CBDC) — ou moeda digital do banco central.
O seu principal objetivo é ser uma extensão do real convencional, a moeda física do Brasil. Cada unidade de drex é equivalente a R$1, com uma cotação de 1:1, o que permite a troca direta entre a moeda digital e o dinheiro em espécie.
De modo geral, o real digital pode ser usado em diversas modalidades de pagamento. As possibilidades incluem desde transações bancárias tradicionais até negociações financeiras cotidianas, incluindo o uso do sistema de pagamento Pix.
Uma característica relevante do drex é a interoperabilidade, o que permite que ele funcione em conjunto com outros sistemas de pagamento já disponíveis no Brasil. Logo, os usuários podem enviar essa moeda eletrônica a terceiros, converter as suas reservas digitais em depósitos tradicionais e pagar contas, boletos e tributos de forma simples.
Como funciona essa moeda digital?
Vale saber que o lançamento oficial do drex está previsto para a virada de 2024 para 2025, com um projeto-piloto planejado. Contudo, a fase de testes já estava em andamento em 2023.
Esse período ajuda a compreender como o real digital oferece um ambiente financeiro moderno, seguro e eficiente, permitindo transações rápidas e seguras via internet e dispositivos eletrônicos.
De maneira geral, o drex é baseado em duas vertentes: o real digital e o real tokenizado. O primeiro é destinado ao mercado interbancário, se assemelhando às reservas bancárias tradicionais e às contas de liquidação.
Por outro lado, o real tokenizado é direcionado para o varejo, sendo utilizado em transações cotidianas entre pessoas e empresas, como pagamentos, compras e transferências.
Nesse caso, é possível acessá-lo por meio de códigos fornecidos pelo Banco Central, sendo armazenados em carteiras digitais oferecidas por bancos e outras instituições. Ainda, os usuários podem usar a moeda virtual normalmente para as atividades rotineiras.
Alguns exemplos são:
- quitar impostos;
- fazer transferências para outras pessoas;
- adquirir bens como imóveis e carros usados;
- realizar pagamentos em lojas online ou físicas.
Qual é a diferença entre drex e Pix?
O drex e o Pix, embora sejam desenvolvidos pelo Bacen e usados via internet, são soluções diferentes. O Pix é um sistema de pagamento instantâneo que permite a transferência rápida de valores, utilizando chaves de identificação.
Já o drex é uma moeda virtual. Ele tem como objetivo proporcionar uma representação digital do dinheiro físico, permitindo transações financeiras realizadas online.
Outra diferença é o processo de mediação bancária. Enquanto o Pix exige que as transações passem por instituições financeiras, o Drex pode ser movimentado diretamente por meio de carteiras digitais, de forma semelhante às criptomoedas. Portanto, ele oferece mais flexibilidade em relação à intermediação bancária.
Por fim, o drex é construído em uma plataforma baseada em tecnologia de registro distribuído, como a blockchain, o que o torna diferente do Pix em termos de infraestrutura.
No geral, ambas as soluções são fundamentalmente diferentes, mas estão relacionados à digitalização da economia. Além disso, eles podem ser usados juntos para trazer mais conveniência.
Quais são as vantagens do real digital?
Com a modernização do sistema financeiro, uma moeda digital pode proporcionar diversos benefícios para a economia brasileira. Entre as vantagens esperadas para sua utilização, estão:
- velocidade e eficiência: assim como o Pix, o drex permite efetuar transações instantâneas, eliminando os atrasos associados às transações bancárias tradicionais. Isso proporciona uma maior agilidade no sistema financeiro;
- redução de custos: a introdução do drex contribui para a diminuição dos custos relacionados à gestão e produção do dinheiro físico, como a manutenção de caixas eletrônicos e a impressão de notas.
- segurança e transparência: todas as transações com o drex são registradas em uma blockchain segura, o que auxilia na redução de fraudes em pagamentos e crimes financeiros. Isso garante transparência e segurança para os cidadãos e autoridades;
- estímulo à inovação e competição: o drex promove a inovação e a competição no ambiente financeiro digital do Brasil, abrindo espaço para novas soluções;
- possibilidade de uso internacional: o drex permite efetuar transações rápidas e eficientes entre moedas de diferentes origens, agilizando o comércio nacional e internacional;
- política monetária aprimorada: o drex possibilita que o Banco Central monitore as atividades econômicas em tempo real, o que facilita a implementação de políticas monetárias eficientes para a estabilização da economia.
Como você viu, o drex (real digital) consiste em uma moeda virtual criada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar e agilizar as transações feitas no país. Vale destacar que ele é diferente do Pix e que tem cotação equiparada ao dinheiro físico, trazendo novas oportunidades para o mercado.
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