É comum haver uma dúvida específica entre os lojistas: eu posso repassar a taxa da maquininha para o cliente? Essa questão faz bastante sentido, uma vez que diferentes taxas podem ter impactos significativos nas finanças do negócio.  

Ao mesmo tempo, mesmo que repassar a taxa da maquininha seja um processo possível, é preciso considerar os aspectos legais, como as regras previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Desse modo, todos os fatores devem ser ponderados para decidir se o seu negócio de fato repassará ou não essa taxa ao cliente. 

Precisa de ajuda para entender esse processo? Ao continuar a leitura, você terá mais detalhes sobre a possibilidade de repassar a taxa da maquininha do cartão para o cliente.

 

O que é a taxa da maquininha do cartão?

A taxa da maquininha do cartão faz referência a uma tarifa cobrada após cada operação de pagamento, seja ela efetuada no crédito ou no débito. O percentual varia com alguns fatores, como: 

  • o número de parcelas da compra; 
  • a forma de pagamento escolhida pelo cliente. Compras feitas no débito, por exemplo, possuem uma taxa menos que no crédito; 
  • a cobrança da instituição financeira responsável pela maquininha.

Então é essencial pesquisar a taxa de cada solução antes de escolher a maquininha a ser utilizada na empresa. Embora esse não seja o único fator a considerar na decisão, ele ajuda a identificar o custo-benefício de aplicar essa estratégia.

 

Posso repassar a taxa da maquininha de cartão para o cliente?

Para determinar se é possível repassar a taxa da máquina de cartão para o cliente, é importante considerar uma atualização na legislação sobre o tema. Desde junho de 2017, com a publicação da Lei n.º 13.455/2017, a cobrança de preços diferenciados nos estabelecimentos passou a ser permitida. 

No entanto, essa diferença deve ocorrer em função do método de pagamento e do prazo. Desse modo, as empresas podem determinar preços distintos para compras no cartão de débito, no cartão de débito ou à vista, por exemplo. 

Além disso, a diferença deve ser comunicada aos clientes. Ou seja, a empresa deve informar as pessoas sobre a prática e colocar avisos em locais visíveis. Caso essas questões não sejam observadas, o negócio está sujeito a multas por parte dos órgãos fiscalizadores.

 

Quais são as regras para repassar a taxa do cartão?

Agora, é hora de entender quais são as regras para aderir à prática de repassar a taxa do cartão ao cliente. Esse conhecimento garantirá a regularidade do negócio e evitará transtornos durante as negociações.  

Primeiramente, você precisa colocar cartazes ou adesivos em regiões visíveis do seu estabelecimento. Esses avisos devem comunicar de maneira clara quais são as taxas cobradas nas compras feitas com cartão.  

Questões como taxas diferenciadas no débito e no crédito ou conforme o número de parcelas também precisam ser comunicadas de maneira clara. No momento do pagamento, é interessante reforçar a informação sobre a cobrança, exatamente para evitar mal-entendidos e futuros problemas. 

Ainda, a sua empresa pode fornecer descontos para algumas modalidades de pagamento, como o Pix, dinheiro à vista ou transferência. Dessa forma, é possível reduzir o tempo entre a venda e o recebimento, incentivando o uso de outros meios.

A vantagem é que você contará com os recursos financeiros de forma mais rápida, aumentando o capital do seu negócio e o desenvolvendo.

 

O que avaliar antes de decidir cobrar ou não a taxa dos clientes?

A decisão de cobrar ou não a taxa dos clientes não é uma tarefa fácil. Na prática, é necessário contar com um planejamento financeiro efetivo e avaliar os diferentes aspectos dessa escolha. 

Conheça a legislação vigente 

Como você viu, a legislação traz regras importantes sobre as práticas que podem ser adotadas em relação aos consumidores. Portanto, estude as leis para entender todas as tarefas que devem ser realizadas ao aderir à cobrança dessa taxa dos clientes.  

Esse é um ponto fundamental para evitar punições e multas, otimizando a saúde financeira do seu negócio e garantindo seu desenvolvimento. 

Considere o planejamento financeiro da empresa 

Outro ponto é avaliar as finanças empresariais, especialmente as questões de precificação e políticas de desconto. É preciso ter atenção para que a inclusão das taxas não faça com que os produtos passem a ter preços muito elevados em relação à concorrência.  

Do mesmo modo, eventuais descontos à vista devem ser pensados de modo a manter as margens de lucro adequadas.  

Avalie o cenário econômico 

As questões econômicas do país requerem bastante atenção no momento de decidir se é uma boa ideia ou não repassar a taxa aos clientes.  

Nesse sentido, observe o cenário do seu mercado de atuação e compreenda como a economia nacional o afeta. Caso exista algo preocupante, repassar essa taxa para o cliente pode ser uma boa alternativa para o negócio.  

Isso porque, dessa maneira, a sua empresa terá menos custos, aliviando também o fluxo de caixa. Afinal, mesmo que as taxas envolvam pequenos valores, ao final eles podem somar quantias significativas. 

Pense nos impactos da cobrança para o cliente 

Por fim, lembre-se de que a cobrança dessa taxa trará impactos para o bolso do cliente e, em alguns casos, pode inviabilizar a compra. Caso ele conte apenas com o pagamento no cartão para conseguir realizar a aquisição, esse acréscimo pode afastá-lo.  

Assim, a cobrança pode gerar insatisfação em seus clientes, ainda mais se for considerada mais alta que a média do mercado. Para evitar essa reação negativa, você pode avaliar as taxas da maquininha utilizada e se elas estão dentro da média de outras máquinas de cartão. 

Buscar as alternativas com melhores condições será benéfico tanto para a sua empresa quanto para os consumidores. O objetivo é conseguir manter a competitividade do negócio e garantir a continuidade das atividades. 

Como você viu, é possível repassar a taxa da maquininha para o cliente. Porém, é preciso avaliar se o processo é realmente vantajoso. Então faça uma análise de custo-benefício da estratégia, entendendo as características do seu negócio e o perfil do seu público para verificar se vale a pena ou não repassar esse custo ao consumidor.

 

Ainda tem dúvidas sobre o repasse da taxa da maquininha para o cliente? Deixe o seu comentário no post! Estamos no YouTube, Instagram e TikTok!